terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ainda não é hoje.

Eu esperava não sentir saudade. Mas sinto.

De todas as coisas que sinto a saudade é a mais forte, a mais chata. Ela me persegue no banho, no sono, na estrada, naquela festa de casamento e em todos os momentos em que sua presença era necessária.

Me pergunto até quando? Me pergunto sem resposta, porque? Me pergunto onde desliga?

Não desliga. A saudade vem e vai em níveis maiores ou menores mas ela não vai de vez. Ela não acaba. Ela serve de companhia para a angustia, para o fim abrupto e sem cabimento.

Um dia, tenho certeza, ela vai parar de incomodar. Tenho certeza que um dia vou colocar a mão no bolso, na cabeça, olhar em volta como quem tem a nítida impressão e que algo foi esquecido e vou perceber que ela não está mais lá. Vou perceber que a carteira está no bolso, os óculos na cabeça, as chaves e os cigarros na mão e que a saudade não está mais. Nesse dia vou sentir a leveza da liberdade. Nesse dia vou olhar para cima, sorrir com o canto da boca e pensar em você.

Nesse dia, com carinho, vou lembrar de você sem o peso da saudade, sem o peso da responsabilidade, sem o peso da necessidade. Nesse dia, com carinho, vou lembrar da companhia, vou lembrar da saudade e vou seguir em frente.

2 comentários:

Silvinha disse...

pra que arma de fogo?
pra que espadas e adagas?
se a gente pode explodir o coração dos amigos com palavras...

que coisa mais linda, beto.

Unknown disse...

Eu quero este post pra mim, ta mim!!!!!!!
Meu Deus que vontade de gritar estas coisas.. como doi a saudade, caramba!

bjos bjos