sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A dor da dor alheia

Descobri ontem que não há dor maior do que aquela que quem amamos está sentindo. Descobri que quando uma pessoa amada sofre, eu não só sofro junto mas também sinto aquela sensação péssima de que tem alguém puxando meu coração com a mão. Dor em dobro pela dor alheia.

Eu olho para cima na esperança de que algo ilumine minhas idéias e eu possa, como num passe de mágica e com apenas algumas palavras, apagar tudo aquilo que estamos sentindo. Eu e a pessoa amada. A minha dor e a dor alheia. Eu olho para baixo sentindo o peso do fracasso.

Não existem palavras suficientes no vocabulário que amenize a dor da pessoa amada, não existe iluminação potente o suficiente para clarear a sombra da dor alheia. Não há o que fazer. Assisto a tudo com as mãos atadas, as idéias escurecidas e o um ódio exacerbado de tudo e de todos que contribuíram para tamanha dor. Ódio do universo por favorecer uma coisa dessas, principalmente para a pessoa que amamos e que não tem um grama de maldade na alma.

Para você que dói doído, eu ofereço o meu remédio para dor doída... ele não cura, mas ilumina o caminho escuro de quem dói, de quem ama e de quem sente... aqui está, para você... o meu amor de amigo, a minha amizade incondicional, o meu apoio, o meu ombro, a minha casa... e tudo que é meu e que possa te ajudar a superar esse momento.